Drink

O carnaval acabou, mas sempre é tempo de preparar este delicioso drink chamado Mojito. Vai a receita e outros assuntos, para quem interessar.

Meu coração aperta, Pernambuco

Segue para Pernambuco, direto para Recife, já é carnaval. Vai querer conhecer o traje que prepararam para o Galo da Madrugada sair no Sábado de Zé Pereira. Depois caminhar pela margem do Rio Capibaribe iluminado, tirar fotos e sentir as primeiras impressões do povo se preparando para a festa. Logo mais, a abertura no Marco Zero, centenas de pessoas, fogos de artifício, discurso do prefeito, latinha de cerveja um real e umas dancinhas tímidas para esquentar. Quando a fome bate a Central do Carnaval tem comida a rodo, quem sabe Fred 04 aparece de novo por lá? A Rua da Moeda já está no clima. Todo mundo indo em direção ao Pólo Alfândega. Logo na esquina uma estátua de Chico Science. Reverência. As mesas dos bares já estão lotadas, o chão de paralelepípedos já está coberto de confetes e serpentinas. Por todos os lados os sorrisos são soltos. No caminho para o Recife Antigo vem uma batucada, é percussão, é a troça carnavalesca. Arrepios. Vai atrás, no passo do maracatu. Já é madrugada, vê aí uma macaxeira com charque e carne do sol. “É quatro reais, visse?” Paga quatro reais, senta no chão e come. Vira freguesa. É dia seguinte, toma café e parte para as Ladeiras de Olinda. Entra no ritmo, seja ele qual for. De lá do Alto da Sé, percebe que a multidão é infinita e o sorriso já congelou no rosto. Tem homem aranha escalando loucamente uma parede, tem barraquinha que vende beijo na boca, tem banho de mangueira. Desce a ladeira, o sol é escaldante. São Pedro manda uma chuvinha para refrescar e todos agradecem. A alegria transborda. Volta para Recife, começou o Rec Beat e quase que não sai mais de lá. Tem cheiro de mangue, galerinha Cult. Meninas e meninos com cortes de cabelo modernos e roupinhas legais. No rec tem o Quanta Ladeira fazendo paródias escrotas de músicas nacionais, tem banda da Venezuela, México, Japão e o caralho a quatro. Performances inusitadas de um público incomum, homem que vira mulher e mulher que beija mulher e ninguém se importa com isso. As ruas estão tomadas pela multiculturalidade. Tem desfiles de blocos afros e indígenas, encontro de boi – bumbá, orquestra, bonecos gigantes, tem rock, salsa, frevo, samba, jazz, coco, eletrônica, maracatu, ciranda, reggae, mangue beat, escola de samba, muita, muita fantasia. Tudo é colorido. O corpo pede arrego, mas é impossível não quer estar na rua misturado às crianças, idosos, jovens, loucos e sãos. Olha a programação do outro dia, da para dar uma chegada na Praia de

Boa Viagem. Não teve tubarão. Vai andando pela orla, chega em Pina, toma uma água de coco e volta para as ruas. Não sabe em que pólo fica, é tudo ao mesmo tempo agora. Acaba uma

banda aqui, corre para ver a outra lá. Aproveita tudo que a quarta-feira de cinzas chega rápido.

Impressões do Carnaval de 2010. Esse ano não teve bis, mas com certeza voltarei, Recife e Olinda.