Sudamérica

O aperto no corração, embrulho na barriga e no estômago são sinais clássicos da minha ansiedade. Vou viajar hoje de férias e passarei 30 dias inteiros extasiada da beleza presente nesta América um tanto desconhecida ainda para mim.

No final de 2007 passei 11 dias entre Montevidéu (Uruguai) Santiago, Valparaíso e Vina del Mar (Chile) e Buenos Aires (Argentina). Foram passeios urbanos, andanças pelos pontos turísticos da cidade, fotinhas, restaurantes. Mas dessa vez a coisa vai ser mais hard. Serão longas horas de estrada e muita poeira no norte do Chile e da Argentina e por fim, Bolívia e Peru.

Não estou me segurando de tanta alegria. Dos passos que fui dando ao longo dos meses que essa viagem foi planejada. Agradeço a Leonardo por tamanho empenho e organização, cuidando de todos os detalhes.

Agora não falta mais nada. Roupas de frio compradas, remédios escolhidos, mochila pronta e toda a vontade de viver intensamente tudo que Deus nos permitiu realizar.

Só posso agradecer e pedir que tudo continue dando certo.

Até breve, com mais novidades da Sudamérica!

Os olhos escolhem

De vez em quando rola aquelas acertos de assistir só um tipo de produção. Não é nada planejado, a mão é que vai no automático naquela seção da locadora, os olhos só batem naquele tipo de filme na hora de baixar da internet. Não sei o motivo, só sei que isso se estende para os outros sentidos.

Recentemente foi a vez dos filmes que contam a história de banda/cantores. Assisti o “Garoto de Liverpool”, que narra parte da adolescência de John Lennon, depois segui para “The Runaways”, sobre a banda de rock do mesmo nome. “Coração Louco” veio atrás, com o caso do cantor decadente de música coutry. Nessa linha tiveram muitos outros como “Piaf, um hino ao Amor”, “Johnny e June”, “Cazuza” e outros e outros.

Mas a nova onda são os filmes sobre bandidos – celebridade. Vi o documentário “Leonardo Pareja – Vida Bandida” e na sequência, “Vips”, filme sobre o 171, Marcelo Nascimento, que se passou como filho do dono da Gol. Vamos ver qual será o próximo.

A literatura vai pelo mesmo caminho das escolhas por segmento, com a diferença que dessa vez tem um propósito. Estou buscando títulos com foco em viagem – libertação. Não que eu precise me influenciar, mas leio para descobrir o que eu ainda não conheço. Para me aproximar mais desses lugares que eu ainda não fui e sentir um pouco da sensação dos viajantes. Aí para bagunçar um pouquinho a minha cabeça, acabei de ler “A Desobediência Civil”, de Thoreau e emendo com “Diário de Viagem”, de Che Guevara.

Daí ficou puxado me manter na rotina trabalho-casa e estou contando as horas para arrumar a mochila e ver o que meus olhos nunca viram.

Primeiro segundo domingo de agosto

Os domingos em geral tem aquele gosto amargo, mas esse em especial desceu travando. Não bastou ser um domingo, mas o primeiro segundo domingo de agosto que eu não passo ao lado do meu pai.

Infeliz é aquele que inventou datas como essas. É para fazer as pessoas se culparem, se deprimirem e deixar tristes aqueles que não podem estar perto de seus pais, ou se podem, não tem como comprar um presente. É uma puta falta de sacanagem!

Como meu pai está no norte e eu no nordeste, não pude dar aquele costumeiro abraço de domingo de manhã. Era certo acordar um pouco mais cedo e pegá-lo assistindo o Esporte Espetacular para dar o presente de Dia dos Pais. Esse ano não foi assim, mas não sou a única a ter que lidar com a distância. O bom é saber que logo, logo posso abraçar meu pai novamente.

Vacina para viagem

Senti falta de encontrar em um só lugar todas as informações que eu precisava sobre vacinação para viagens internacionais. O assunto veio à tona depois que eu fiquei sabendo que na Bolívia, um dos locais que eu passarei nas férias, é obrigatório a apresentação da vacina contra febre amarela. Por isso, compartilho algumas informações que podem servir para outros viajantes.

Comecei a pesquisa quando descobri que nos postos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA espalhados nos portos e aeroportos do país não estão mais oferecendo as vacinas. Segundo informações da Infraero, desde 2008 a Organização Mundial de Saúde proibiu a vacinação, que é de responsabilidade apenas dos ambulatórios médicos cadastrados na rede pública ou particular de saúde. Cabe à ANVISA apenas fornecer o Certificado Internacional de Vacinação.

Saí então em busca de um posto médico que me oferecesse gratuitamente a dose que eu precisava, e claro que não foi fácil. Em alguns postos, o medicamento estava em falta. Depois de algum esforço, tentei o posto médico de Lauro de Freitas, município que eu trabalho e que fica próximo de Salvador. Foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. Com a ajuda de uma colega (Patrícia Sanje) e que por sorte é assessora de comunicação da prefeitura de Lauro, consegui tomar a vacina gratuita, com um ótimo atendimento e ainda recebi de quebra a tríplice viral, que protege contra Sarampo, Rubéola e Caxumba.

Depois de imunizado, basta levar o cartão do posto de saúde para uma unidade da ANVISA – No meu caso, foi melhor no aeroporto. Lá eles confeccionam gratuitamente o Certificado Internacional de Vacinação, que será apresentado quando for solicitado, no meu caso, na Bolívia.

Cartão da unidade pública de saúde e o Certificado Internacional


Quero salientar que o atendimento da ANVISA foi sempre muito bom. Desde as primeiras informações por telefone, até a simpática atendente que fica no aeroporto de Salvador.

Importante:

> Para estar protegido da Febre Amarela, o viajante deve ser vacinado no mínimo dez dias antes da viagem.
> Especifique na hora da vacinação que é para viagem internacional e confira se a profissional preencheu seu cartão com data da administração da vacina, lote da vacina, assinatura e identificação da unidade de saúde.
> A vacina contra febre amarela é válida por dez anos
> Na maioria das unidades de saúde, o atendimento é das 08h às 16h
> A ANVISA funciona das 08h às 17h

http://www.anvisa.gov.br/viajante
Telefone da ANVISA: (71) 3377-3138/3204-1235
ou 0800-642-9782