Se melhorar estraga

Além do meu trabalho de assessora de imprensa, estou escrevendo para uma revista que circula em Lauro de Freitas e região metropolitana. Tinha recebido a pauta, estava dando prosseguimento de forma tranquila, já que tinha um prazo aceitável para entregar tudo. Sexta-feira minha editora me liga: “Milena, minha filha, eu estava enganada. O mundo vai mesmo acabar e já tem data marcada. A revista precisa ir para gráfica dia 25”.

Essa relação com o fim do mundo tem a ver com a edição da revista de dezembro que desmistificamos o fim do mundo e esse fim do mundo que a editora se refere é o meu, o nosso fim, caso não tenha todas as matérias prontas para a revista ser diagramada e enviada para gráfica daqui a quatro dias.

O resultado foi uma corrida louca. Sai do trabalho na sexta-feira e fui bater na porta de minhas fontes, jogando um agá daqueles. Fiz o que pude, voltei para casa com anotações para todos os lados e comecei preparar os textos com o que tinha em mãos. O sábado foi da mesma forma. Adeus faxina, cara no computador e dedos nervosos no telefone.

Para completar meu dia, tive de participar de uma neurótica reunião de condomínio, mas fechei em alto estilo, fazendo uma pizza bem gostosinha, que posso postar a receita aqui em outra ocasião.

No final das contas, eu acabo sempre percebendo que amo o que faço, que adoro esse ritmo frenético que minha vida tomou e que sempre aprendo, conheço gente, me divirto. Claro que não é fácil escrever e nos intervalos entre uma matéria e outra, preparar algo para o almoço, ligar para o pet shop para ver o banho do cachorro, atender um pedido do marido, que conhece e entende esse processo e facilita um bocado, ir para a reunião do condomínio e preparar um pizza para comer de boa, enquanto troca ideias com seu amado. Mas tá ruim?

Deixe um comentário