dormir para quê?

Para uns quando a idade chega é hora de desacelerar mais, dormir mais e viver a vida de uma forma mais saudável. Para outros, e nessa eu me incluo, a melhor forma de aproveitar é vivendo. Cada dia mais eu tenho dormido menos e vivido de um jeito cada vez mais corrido. Acho que quero continuar nesse ritmo e assim eu vou mudando as regras do jogo.

Claro que dormir rejuvenesce, mas há mais ou menos dois anos tenho pensado que dormir é uma grande perda de tempo. Me aproximando da casa dos trinta aí então é que a reflexão bate.

Depois disso tudo, agora eu descobri que eu sou da noite. Talvez eu sempre tivesse sido, mas não atentei para isso. Na noite é que eu produzo, me inspiro, fico com um humor ótimo e nessa agitação toda é que fica difícil de dormir.

Por outro lado, pago um preço alto por essa minha ânsia de ganhar tempo. Posso ser vista cochilando em ônibus, bocejando loucamente às três da tarde e apagando literalmente quando de fato me deito para dormir.

Como disse uma amiga minha uma certa feita, “deixa para descansar quando morrer” e acho que o caminho é bem por aí. Enquanto eu tiver saúde e energia para me movimentar, organizar coisas, bagunçar, comer, beber, navegar na internet até altas horas, namorar e só se preocupar com o amanhã quando o amanhã chegar, para mim está valendo.

Meu passado era bem diferente

Na adolescência achava primordial ficar morgada na cama. Faltava aula porque não aguentava acordar cedo e já bati com a cara do portão da escola diversas vezes por causa de atrasos. Como a vida muda…

Desde outrora acordar cedo para mim era como um sacrifício extremo e nas primeiras horas da manhã era muito difícil ouvir minha voz. Mau humor absoluto.

Aquela velha historinha de ter que dormir oito horas por dia ficou para trás. Para a vida ficar ainda mais linda para mim, só falta adequar meu organismo com as obrigações do trabalho. Rezo para chegar um dia onde eu possa fazer meu horário e plim, tudo resolvido.

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